sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O Natal do Anjinho dorminhoco

Anjinho Dorminhoco




Um anjo pequenino. Veio tocar o sino.

Outro, de palmo e meio. Logo atrás dele veio,
E pregou uma estrela, No tecto da capela.
Veio mais um depois, Atrás dos outros dois,
E trouxe os pastorinhos, Que achou pelos caminhos.
Por fim, chegou o bando, De asas brancas cantando.
Só um, que adormeceu, É que ficou no céu.
Quando acordou, o anjinho, E que se viu sozinho,
Voou muito apressado, Mas chegou atrasado!
Pobre do anjinho tonto, O Natal estava pronto.
- Que hei-de eu fazer agora, Minha Nossa Senhora?
Sentou-se num degrau, - Sou um anjinho mau!...
De chorar estava rouco, O anjinho dorminhoco!
 - Nem posso entrar no coro, Com esta voz de choro.
Nisto, viu um menino, Descalço e pequenino,
Sozinho no portal, Sem festa de Natal,
E teve tanto dó, De o ver pequeno e só,
Que lhe pegou na mão, E os dois juntos vão.
- Anda cá, vem comigo, Ao pé do nosso amigo.
- E não ralha com a gente? - Fica muito contente!
Chegam pé ante pé, Junto de S. José
O anjo pequenino, Mais o pobre menino,
Chegam-se à palha fria, Onde Jesus dormia.
E Jesus quando os viu, Voltou-se, olhou, sorriu!
- Que presente tão fino, Trazeres-me esse menino!
Vês, anjinho? Afinal,
Foi um lindo Natal   


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